sábado, 22 de novembro de 2008

ANTIGA VILA DO CIPÓ TORTO

Quando se vem da cidade de Onda Verde seguindo sentido a Guapiaçu, nos deparamos com uma usina de cana e sua imensa plantação cortada por gigantescas valas, onde são depositados o vinhoto (produto de resíduos industriais na destilação do licor resultante da fermentação do álcool de cana-de-açúcar).
Primeiramente a intensão é hidratar o solo, fortificando-o para o plantio de cana, só que esse processo acarreta diretamente na poluição do lençois de aguas subterraneas.
E nesse cenario de progresso, que a cana vai ganhando terreno no interior Paulista, abastecendo sonhos visionarios de empresários gananciosos, que vêem na terra uma forma não de existência, mas unicamente de exploração. Com um processo riquissimo de investimento, maquiam leis ambientais e seguem seus reinados de açucar. O processo de expansão do plantio de cana em territorio brasileiro é tão antigo quanto o proprio descobrimento do Brasil.(a diferança é que na época é que na expansão da produção agricola no Brasil não se plantava apenas cana substituindo a produção de outros produtos como vem sendo feito e, de repente fazendo com que ocorra o aumento dos preços desses produtos que fazem da alimentação basica da população). No inicio do seculo 18, o governo portugues proibia a criação de gado (atividade que se originou nos engenhos de cana nordestina) dentro dos centros de engenhos localizados na faixa litorânea. Essa medida teria sido tomada devido ao grande consumo na Europa, que apreciava cada vez mais o açucar produzido na colonia, sendo assim, necessário aumentar sua plantação espalhando-se territorio adentro e sucessivamente sua produção.
Atualmente no Brasil, o processo no plantio de cana não é muito diferente. O programa do pró-álcoo vem forçando essa demanda de cana-de-açucar e os produtores rurais endividados e carregados pela carga tributária imposta pelo governo encontram uma unica solução de quitarem sua dividas e terem uma renda suficiente para sobreviver arrendando suas terras à usineiros. Em sua maioria transnacionais, que "investem" na produção e no final do contrato entregam as terras totalmente improdutiva. É importante ressaltar que o governo no passado investiu no homem do campo, pois era esse agricultor quem pagava as dividas do governo. O homem do campo que durante anos trabalhou para por comida na mesa dos brasileiros, hoje é desamparado por essa instituição. Instituição a quem chamo de governo federal e tem que ser em letra minúscula, que é do tamanho de vosso carater, virou as costas para essa nação agricultora, o sertanejo. O sertanejo sim é valorizado quando mencionamos nas musicas caipiras ao contrário daqueles grandes latifundiarios, agentes de produção, concentradores de renda e de poder agregados ao Governo Federal. É essa nação sofrida que o governo abandonou para apoiar empresas transnacionais. Agora me respondem uma coisa! Será que essas "empresas transnacionais" são muito competentes no que fazem ou Raul Seixas estava certo quando compôs a musica Aluga-se onde o refrão diz "A solução é alugar o Brasil"? Foram com essas atitudes do governo central que prevocou o êxodo rural. O processo de expansão da cana de açucar, não empobrece só a terra e polui o lençóis freático, mas já esta contribuindo com a inflação, deixando regiões tomada pela cana sem seus agricultores e pecuaristas, encarecendo mercadorias necessarias para o consumo humano. Na produção do campo hoje, o homem só encontra para consumo pinga e açucar.
"O homem brasileiro morrerá mais cedo em função da fusão das doenças como Diabete e Cirrose".
CAPELA DA ANTIGA VILA DO CIPÓ TORTO.
A vila do Cipó Torto sofreu com o êxodo rural.
A origem da vila do Cipó Torto vem da antiga fazenda que carregava o mesmo nome. Situada as margens de uma antiga estrada boiadeira, estrada que saia de Rio Preto e seguia para cidade de Barretos, formava um imenso corredor de gados trazidos de varias fazendas pecuarista, que se estendia até o rio Paraná pela estrada comercial do Taboado.
Provavelmente a fazenda teria servido como pouso para pionada em suas jornadas até Barretos e por isso teria se formado um comercio local,
abastecendo as comitivas que por lá passavam.
Hoje a vila do Cipó Torto se encontra abandonada, unica atividade que encontrei no final do ano de 2007, foi uma pequena vendinha administrada por um senhor de 86 anos que comercializava com os cortadores de cana em período de colheita e com os funcionarios da usina Guarani, situada a poucos quilometros dali, e que tinha em suas terras rurais cana plantada, para comercializar tambem com a usina.
A vila do Cipó Torto teve em seu passado todo potencial para tornar-se um Distrito de Rio Preto, mas a chegada da rodovia Assis chateaubriand que veio passar proximo, acabou levando o sonho embora, alem do êxodo rural, causado
pelo descaso do do Governo Federal, que abandonou o homem do campo.

Talvez apenas a fé religiosa não tenha sido abandonada, das ruinas do vilarejo somente a capéla ainda é preservada.

domingo, 16 de novembro de 2008

FAZENDA DOS MACACOS

Capela da Fazenda dos Macacos erguida por Dna. Avelina Diniz em sua fazenda na cidade de São José do Rio Preto.




Terreiro de secagem de café na Fazenda dos Macacos

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A vida na Fazenda dos Macacos

A vida cotidiana e religiosa na fazenda dos Macacos

Quando o sol nasce no horizonte, em seu esplendor alvorecer, raios solares seguem iluminando as frondes centenárias, formando inúmeras sombras que refletem como bússola que aponta para oeste, perpetuando o hino de Rio Preto e abençoando a Fazenda dos Macacos. O qual registra um passado grandioso, cheio de amor e fé, ligada direta à fundação de São José do Rio Preto, onde seu fundador João Bernardino de Seixas Ribeiro responsável mediador pelo nos processos políticos, elevou o arraial de Rio Preto a Município.
As terras da fazenda dos Macacos, deixada por esse gentílico homem como herança aos herdeiros de sua prole, traz consigo uma história de conquista e de imponência, da vida do fundador à criação do município, delineando com diversas contestações factuais ocorridos na propriedade após ter sido herdada por sua neta Dona Avelina Diniz. As terras passou por grande processo judicial que durou longos anos. A demanda da fazenda dos Macacos como assim ficou conhecida, foi palco de muitas tocaias e grilagens. Mas alem disso, traz uma história de muita tradição em seu cotidiano, cheia de alegrias, festas e muita fé cristã. Hoje a fazenda não detem mais seus 3000 alqueires, como a antiga área de terras que dominava em época de Dona Avelina Diniz. Um império conquistado com muito sacrifício mas que sofrera com as grilagens e a luta judicial travada para adquirir de volta seus bens herdados de seu avô o fundador de Rio Preto. É muito comum encontrar na propriedade, traços fortes e características do seu passado. Como o local em que se encontrava a antiga sede da fazenda demolida, dando lugar a uma nova sede que vem assemelhar com a antiga. Devido a valorização dos traços arquitetônicos que lembra muito a antiga sede quando comparada com a foto estampada no livro ilustrado da comarca de Rio Preto de 1927 a 1929 de Abílio de Abrunhosa Cavalheiro e Paulo Laurito. A capela erguida por Dona Avelina Diniz, a frente da porteira na entrada da sede, encontra-se bem preservada tendo a sua frente um pouco as direita um coreto, onde comemorava as festas na fazenda em tempos de gloria. Uma capela que mais se compara a uma Igreja por sua tamanha grandeza, fora erguida para funcionários da colônia não tivesse que se deslocar até a cidade em dias de missas. Das casas coloniais, nada mais restaram apenas uma plantação de cana. Mas o fato mais surpreendente que chama a atenção de todos que por lá passarem, esta localizada próximo ao antigo terreiro de secagem do café, que fica a traz da sede da fazenda, quando você passa a ponte do córrego dos macacos e segue rumo ao platô do terreno, encontra-se o antigo terreiro de secagem de café, ao lado esquerdo de quem vem do oeste sentido a leste. Depara-se com uma gigantesca seringueira com seus próximos o mais de cem anos. Em destaque aos seus pés um antigo curral embarcadouro que foi literalmente engolido pela seringueira, dando a impressão que as cercas do curral brotam de dentro, uma imagem raramente vista por muitos, mas tornando-se uma fusão fantástica de obra divina pelas mãos humanas.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

RUINAS DO CEMITÉRIO DE MONTE BELLO


Em 1909 Monte Bello tornava-se distrito de paz da comarca de Rio Preto, quando moradores locais e do antigo povoado de Itapyrema pediram a transferencia da mesma para Monte Bello, alegando que o povoado desaparecia cada dia mais com a migração de seus moradores para Monte Bello, devido sua localização previlegiada e seu atrativo economico, pois Monte Bello era constituido de 74 edificações com farmacia, cinema, serralheria, marcenaria. O povoado de Itapyrema já a muito tempo vinha sofrendo com sua má posição geografica, por ficar em um vale, a estrada que fazia sua ligação comercial era muito onerosa dificultando acesso com o povoado, por esse e outros motivos seus moradores migraram para Monte Bello, um povoado que tinha tudo para destronar Rio Preto assim acreditava moradores Locais. Mas com um surto de malaria e com a chegade da estrada de Ferro em Rio Preto, Monte Bello perdeu o caminho do progresso voltando a ser um simples vilarejo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

RUINAS DO CEMITÉRIO DE ITAPYREMA

Itapyrema foi um povoado formado no ano 1822, quando caravanas vinda de Minas Gerais, beirando pelo baixo do rio Tietê, entraram no vale do corrego Fartura, formando o povoado de São João da Fartura, que futuramente veio se tornar Itapyrema, a caravana era constituida de carpinteiros, ferreiros e homens de trabalho, vieram todos liderados pelos irmãos Bandeirantes José e Joaquim Gonçalves de Souza.
Em 1902 ouve o pedido para elevar o povoado a categoria de a distrito de paz, que veio acontecer quatro anos mais tarde em 1906. Mas foi no ano de 1909 que sua população exigia a transferencia do distrito pra Monte Bello, para o qual a população migrava, um povoado proximo e bem mais atrativo economicamente.
Itapyrema deixou de existir oficialmente no ano de 1938 quando não aparecia mais nos anuarios estatisticos. Hoje de Itapyrema só restou um tumulo do seu antigo cemiterio, o antigo povoado tornou-se hoje uma propriedade rural, que pode ser encontrado no trecho da viacinal que liga Nova Itapirema a Mendonça.

domingo, 2 de novembro de 2008

sábado, 1 de novembro de 2008




A seringueira cresceu engolindo as cercas do curral embarcadouro